terça-feira, 31 de agosto de 2004

Hoje foi um bom dia.
Sinto o tédio emanando de mim, sinto certa tristeza e sem falar que hoje minha coluna deu à doer. Mas foi um bom dia.

Olhem nos meus olhos e vejam um novo brilho que deles emana. Olhem e vejam a esperança no meio de toda a morbidez antes presente. Olhem para mim e me assistam sorrindo por alguém!
Façam apostas sobre os meus pensamentos e tenham a certeza de que um dia eles serão totalmente mostrados. Me incentivem a escrever! - foi estranho ouvir o meu interlocutor predileto dizendo: ¿Você deveria escrever mais...¿ mas é bom poder sorrir para um bom amigo. - Mas olhem para mim e, sobretudo vejam que há algo diferente. Há algo novo.

Sinto-me cansada, depois de um longo dia. Um inexplicável nó tapa minha garganta, embarga minha voz (ou que sabe ele a embriague). Teria escrito um belo poema no ônibus se aquele homem louro de olhos claros e barba a fazer não tivesse ficado a observar as minhas letras no papel.

Olho para a fotografia do meu pai, aos sete anos de idade, que fica sobre a estante de livros. Os olhos verdes dele brilham como se ainda houvesse vida naquele corpo! Vida, ela percorre meu corpo e faz palpitar meu coração antes inundado pelo pranto...antes sufocado por angústias.

Hoje eu vi fotografias antigas, também. Senti saudades de algumas pessoas. Senti angústia por outras. Senti-me viva!


If only my heart had a home
Sing what you can¿t say
Forget what you can¿t play
Hasten to drown into beautiful eyes


Cante o que você não pode dizer...
Esqueça o que você não pode tocar...
Mergulhe em meus olhos pois hoje eles não são mais foscos. Hoje eles não mais se escondem. Eles estão aqui, como portas escancaradas esperando por você... e eles brilham na escuridão!


Como o farfalhar das folhas
Que deixam sua dança e cor junto ao vento.
Como a lua, junto às estrelas
Dando um quê de vida aos noturnos céus.
Dê-me algo pelo que viver.
Dê-me também algo pelo que morrer.
E me faça seguir em frente, apenas
Com lembranças à mente,
Amor no coração
E a morte na alma.

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