sábado, 31 de março de 2007

(Isto sou eu.)
Existem vários problemas válidos.
Seria Fernanda uma galinha esférica gigante?
Tomando como base o exemplo do cubo de gele esférico... seriamos capazes de, considerando as calotas polares também esféricas, calcular quanto tempo demora até derreterem? Assim como no caso de um cubo de gelo em que a cada hora 1/4 do volume do cubo (que é teórico, e por isso esférico) se derrete. A princípio pode parecer que de 1/4 de alguma coisa cada vez menor e 1/4 de algo menor ainda nunca se chegaria ao final do derretimento. Mas o tempo t gasto não é como um oito deitado. Quando tempo útil nos resta até que o tempo t limite seja alcançado? Mais drasticamente: quanto tempo de vida nos resta até lá? Até quando teremos que agüentar este calor insuportável.
Pensando bem, talvez a Terra não seja mesmo redonda. Aquela de que ouvimos falar, azul e redonda, é só uma Terra teórica (ou seja, esférica) e nada mais que isso.
E é exatamente por isso que o Acre não existe e o sete é verde... e 42 é o número exato de mentira que nos contaram.
Mas, como era mesmo a frase de início de palestras do cara do "estrondão" (lê-se Big-Bang)? "Se você contesta demais é porque não sabe de nada". Acho que não era essa a frase, mas, falha de memória à parte, fica sendo.
Todo dia de manhã eu acordo e percebo o quão pouco eu sei e o quão insignificante sou perante todas aquelas estrelas que existem lá fora, mas que não podemos ver por residir em criações humanas com lâmpadas de não sei o que com sódio.

terça-feira, 27 de março de 2007

Com licença. Com licença.

" - Eu desejaria que se dançasse...
Pois os jovens não sabiam conversar. E para que conversariam? Gritar, enlaçar-se, rodopiar, levantar cedo; levar açúcar para os pôneis; beijar e acariciar os focinhos de adoráveis cães; e depois, palpitantes, mergulhar e nadar. Mas os enormes recursos da língua inglesa, o poder que concede, enfim, de comunicar sentimentos ficavam-lhes vedados. Estabilizar-se-iam. Mostrar-se-iam bons, mas apenas bons, um tanto enfadonhos talvez.
- Que pena! - disse ela. - Eu esperava que se dançassem."



E já peço desculpas, me perdoa?

sexta-feira, 16 de março de 2007


Vamos brincar de ser ficção. Calcular erros, que não são mais erros já que os filmes que assistíamos estão ultrapassados. Calcule agora a incerteza. Já não é mais moda errar; brilha quem é incerto.

Talvez um ser dotado de vida inteligente, em uma outra galáxia, tenha recebido através de ondas de rádio o tal do Pi em código binário e, desde então, gargalhando, nos assista e ele provavelmente concorda comigo: Hoje tudo é circo e todo mundo se diz palhaço. Porquanto palhaços e circos de verdade assentaram-se num boteco copo-sujo e, desde então, estão a encher a cara por não terem mais lugar nesse recinto circular, coberto, cercado de lona, todo desmontável, onde se realizam espetáculos de malabarismo e hoje em dia conta com um ¿não sei o que moderno¿ desenfreado.

Moças cegas nunca mais sorrirão ao receber flores que elas nem mesmo possam ver. Os livros que talvez eu nunca leia e os filmes que continuarão passando e passando. E passando. Já que passar é aparentemente a única coisa que há para se fazer.

Acabará então na estante, como tudo o mais ¿ e os livros nunca lidos e os filmes já passados -, antes que vire pó; já que tudo ou vira pó, ou se enche de pó.

Vamos demitir todos os vocalistas e então tudo será balé. ¿ Quem precisa de letra? - Que se explodam (ignorando a ausência do presente do subjuntivo para este verbo) as demais línguas. Já que as pessoas não falam mais inglês na aula de inglês e eu estou aqui falando grego.
Vamos brincar de aportuguesar as palavras e cuspir afirmações absurdas. Descobrir garotos nerds ao inverso. Num mundo onde todo bambambã domina a informática, ser um cara que não sabe sequer abrir a calculadora do windows ou minimizar uma janela.

Que graça há, afinal, em ser ou não ser? Provavelmente não foi Shakespeare o maior comediante dos últimos séculos, por mais que afirmar isso contradiga a retórica. Melhor parar de carnavalizar a vida e começar a lustrar a estante onde um dia se acabará. Aquela mesma onde estão palhaços e circos em coma alcoólico; e, é claro, um trágico transfigurado em comediante. Enquanto procura a própria estante, seus pés pisarão num carpete pardo e empoeirado que abafa o som dos seus passos e haverá um silêncio suspenso que não é nem de vitória nem de derrota, já que ele não sabe ser ou não ser e é apenas um silêncio. Perplexo, irresoluto, indeciso. Mais um do que as outras duas, mesmo as três significando resumidamente a mesma coisa.
Vamos não ser, mas também não não ser. Vamos ser o que então?
No fim das contas comédia não é tragédia somada ao tempo. Foi só mais uma mentira que lhe contaram, ou uma ilusão que lhe embutiram. Já que você pode ter treze anos e achar que é o lindo centro do mundo. Ou pode ser só mais um cara que erroneamente ficou afim de mim. A única coisa em comum é que olharei para ambos com olhos de pura fleuma e os dois continuarão achando que os levo a sério. Mas eu sou só alguém que queria fazer circo. E eu só penso em dormir.

sábado, 3 de março de 2007

¿A vantagem de ser um matemático é que se pode ter uma galinha esférica. Isto é, temos um problema físico sobre o que se observa ao jogar uma galinha pra cima. Um matemático pode dizer simplesmente que a galinha é uma esfera e obter um problema não muito complicado. Já físicos e engenheiros são obrigados a estudar qual a influência do real formato da galinha, suas penas, bico e patas, tendo assim um problema bem mais complexo envolvendo diversas incógnitas.¿ Fala da professora de GAAL (geometria analítica e álgebra linear). E no fim das contas nos contaram que ela é graduada em física, mas se desencaminhou para o lado da matemática depois de formada.
A conclusão do dia: Quem foi que disse que alunos do Icex não aprendem com seus professores a obter e exercer suas licenças poéticas?