domingo, 15 de agosto de 2004

Com uma mãe que não para de repetir a frase: Saia da Internet! e com um compurador mais lerdo que uma tartaruga bêbada não deu pra escrever muito hoje...
Vou postar apenas mais um poema...ou um texto, nao arrumei uma definição para ele...de minha autoria e mais uma vez sem nome definido

O sol entra pela janela e me cega
Não suporto, recolho-me às sombras
Vejo a xícara fumegante sobre o móvel da peça
Dentro dela o café negro como a escuridão que me cerca
Convida-me ao pranto.
Meu corpo por fora pálido e mórbido
Por dentro vago e ressequido,
Deseja intensamente o ardor e a ilusão.

Meus lábios beijam a xícara,
Por alguns segundos tudo se aquece,
Tudo se ilumine ao passo que a cafeína fervida me queima por dentro
Me corrói.

Sei que cada gota daquilo não renderá mais que uma nova noite sem sono
Tornou-se um vício a coisa de olhar pra dentro e mergulhar-se em escuridão.

A xícara, vazia, ressona em tom seco
Ao repousar-se de volta ao móvel da peça
O lápis toma seu espaço por entre os meus dedos
E o papel...
O papel sorri para mim
Como um anjo travesso que se diverte às minhas custas
Aquela limpidez me trás inveja

O vento sopra, e ao cantar sua música triste em meus ouvidos...
Me embarga a alma.
Lamúria.
E ela vem à tona
Brota de meus olhos
Desbotados e ofuscados,
Como água da mina.

Lava meu rosto
Deixando seu rastro
Ao alcançar o anjo claro do papel
Colore
E aquela vermelhidão
Em estranho contraste entra
Com tudo aquilo à volta

O sol mostra que ainda vivo
O canto ritmado do relógio anuncia que a rotina continua
E a mascara da falsa felicidade me espera na porta para a rua.


Bom, é isso..até a proxima... :-/

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