quinta-feira, 12 de agosto de 2004

A greve acabou. Eu sempre fui contra ela mas jamais esperei que ela terminasse tão rapidamente. Uma semana. Uma semana apenas.

Talvez eu devesse escrever sobre algumas novidades mas é que por mais que eu tente elas não tem conseguido me agradar. Têm virado empecilhos.
Eu sempre pensei nele. Meu melhor amigo. Ele foi e de alguma forma sempre será. Eu sempre pensei em voltar pra ele também, apesar da distância, apesar de tudo. E quando ele me ligou, só pelo tom de voz eu já notei o que ele queria. (Nem eu sabia que o conhecia tanto.) Aquilo alegrou o meu dia. Mas dizem que felicidade são momentos, e o momento passou.

Ele me chamou, e eu corri até ele. Na hora eu até me alegrei de novo, mas então passou, como se fosse a chama de uma vela que o vento sopra e apaga. E na hora h, tudo isso não me agradou, eu acordei no dia seguinte e por mais que eu tentasse não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. Não conseguia me comportar como qual.

Fiz errado, eu sei que fiz. Antes eu teria certeza de que era aquilo que eu sentia. Mas hoje eu sei que sem querer confundi bem querer com paixão.
O que fazer agora e não magoá-lo? Eu simplesmente não sei.
Sei apenas que estou numa daquelas fazes de me olhar no espelho e dizer: ¿Julia, como você é confusa.¿
Quero apenas estar livre... apenas isso. Quero não me prender a ninguém e apenas sentir que sou dona de mim mesma, e quem sabe brincar de ter os outros ao meu dispor.
É estranho pensar que até pouco tempo o que eu queria era me prender àquele rapaz. Não a este de agora, o outro. Mas decepções amorosas a parte eu de repente acordei com vontade de cometer todas as loucuras de que eu tiver direito.

Lembro-me da festa da Van em que no meio da nossa conversa ele me disse: ¿Desde de nova você sempre foi diferente. Sempre fez o que queria, sempre lutou por quem queria. Nunca se prendeu muito às coisas.¿ Agora eu me limito a dizer que eu descobri que não mudei nada.

Desde já me desculpe por tudo. Se eu pudesse eu, arrumaria um jeito de me prender a você. Mas creio que a nossa hora já passou. Os tempos são outros e eu preciso ganhar o mundo.

Você é o garotinho bom que quer ter uma bonita história com a mocinha. Mas a mocinha no momento só consegue olhar para os garotinhos maus. Ela quer se divertir um pouco. Ela quer sentir a vida antes de colocar a coroa na cabeça e se aprisionar num castelo pra viver, quem sabe, feliz para sempre.

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