terça-feira, 8 de novembro de 2005

¿Deixe que o vento toque sua alma...¿
Não me lembro onde li essa frase a primeira vez. Eu tinha treze, quatorze anos? Quatorze. Lembro exato pois foi quando me descobri um ser pensador. Havia um trabalho de Português para o fim de ano: um livro ilustrado sobre nossas vidas até aquele momento. Encerrei o meu com essa frase.
E hoje, mais de dois anos depois eu me deparo com a frase novamente. Com ela e com todo esse encanto por trás das palavras e a capacidade que elas têm de criar e recriar o seu próprio sentido.
Penso sobre a vida. Penso sobre o tempo. Penso no destino e no sentido da vida. E me pergunto em que momento eu me esqueci de que o maior objetivo da minha vida era ser livre.
E não sei exatamente o que me fez concluir isso, mas o ¿ser livre¿ não consiste em ir contra as tendências. Mas seguir a vida, ou melhor, seguir pela vida pronta para o que der e vier.
Nunca diga nunca.
Nunca feche as portas.
Nunca creia que sua opinião é permanente.
Os dias mudam. Tornam noites.
Primavera vira verão, que vira outono, que vira inverno que vira primavera de novo.
A natureza vive em constante mudança. Os animais, as plantas os seres humanos, todos eles se modificam, evoluem. O universo continua em expansão. As galáxias continuam colidindo elasticamente, os cometas modificando suas órbitas. E por mais que todos os exemplos sejam por demais relativos, isso é a vida: A soma de tempo à relatividade.
Somos todos vulneráveis às mudanças e não há nada que possamos fazer por isso.

¿Deixe que o vento toque sua alma¿ e não tenha medo de errar. Não há nada mais gratificante do que reconhecer seus erros e saber voltar atrás.
E o meu erro foi ter certezas.
Por isso volto atrás e deixo-as todas.
Pergunta-me como viver sem certezas? Vivo apenas sabendo: Eu gosto de pessoas... E eu sei que sou capaz de amá-las, seja quem forem, e isso basta.


Eu não sei como será o amanhã. Não sei quem serei eu amanhã. Não sei nem se estarei aqui, nessa cidade. Eu só sei de mim no agora, e agora eu sou alguém que se conhece um pouco mais.
E só por hoje eu digo que ainda te amo. E do amanhã eu já não sei.






Estão vendo todos esses alunos das fotos, que parecem fortes, eternos? Estão todos mortos. Carpe Diem...


E seja feliz.

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