quarta-feira, 23 de junho de 2004

Tem bem um tempo que eu não posto aqui. Tenho andado correndo muito. Quinzena de provas no colégio.
Eu comecei essa semana incrédula: Nightwish está no Disk Mtv e ainda foi comparado a Evanescense! Bah! Foi chamado de Pop, na boa, eu me sentiria ofendida se fizesse parte da banda...


Acho que essa coisa de H² ta no meu destino. rs... se já não bastasse o apelido de Hermione Granger que a Carol me botou arrumei um rolo cujo apelido é Harry Potter... falando nisso a gente amanhã completa 13 dias...dizem que é depois dessa data que as coisas fluem ou não. Vamos ver no que vai dar.


Estive pensando: Porque a gente enjoa das coisas? Não sei se acontece com as outras pessoas... É algo assim: eu vejo uma determinada coisa e digo: isso é o melhor pra mim...então passo a me dedicar àquilo... sofro...luto...quero conquistar entende? E então de repente eu me canso!
No caso a coisa a que me refiro foi algumas amizades.... É como dizem, os amigos entram e saem e só os poucos e bons é que ficam.
E os outros não se vão só porque os outros abrem mão de mim...é um pouco da minha parte também eu abro um pouco a mão de alguns deles.
Mas tem os diferentes, os que ficam.
Acho que só tive duas amigas que prevaleceram mesmo...
A maior delas... a que sempre ficou, mesmo, foi a Mel. A gente era amiga aos sete anos de idade. Nos distanciamos aos oitos e voltamos aos nove...desde então já se passaram mais de seis anos e aqui estamos nós. Ela é o que eu posso chamar de uma velha e boa amiga.
O que eu acho mais incrível é que a gente cresceu e mudou....nos tornamos bem diferentes uma da outra mas meio que aprendemos a conviver com essa diferença.

Com a Marcela foi um pouco diferente. Ficamos amigas aos onze anos... aos doze a gente se distanciou...mas não foi pouco não, foi realmente muito...acho que a gente brigou...me pergunto hoje o motivo mas eu não lembro. Só sei que o tempo passou...dois anos se passaram sem a gente mal olhar uma na cara da outra e hoje a gente é tão amiga, ou mais, que antes.


E a Julia dos pensamentos me interroga: Julia, e o que foram as juras de amizade eterna? Foram momentos de ilusão. É o que eu consigo responder.

Pensando nessas coisas eu cheguei à conclusão de que a gente não escolhe os amigos. Amizades são como uma pedra que o tempo vai esculpindo e que por mais que a gente tente cria-las por nossas próprias mãos não dará certo.
A que o tempo fez será eterna.
A que tentamos criar não.

Verdadeiras amizades são feitas ao acaso é o que a vida me fez entender.

Pra fechar esse post um tanto quanto sentimental e filosófico, rs, vou deixar um trecho de um poema. Vou botar apenas um trecho porque no restante do poema ele começa a falar da cidade dele (São Paulo) e daí eu acho que não teria muito a ver.

Poema da amiga
Mário de Andrade

A tarde se deitava nos meus olhos
E a fuga da hora me entregava abril,
Um sabor familiar de até-logo criava
Um ar, e, não sei porque, te percebi.

Voltei-me em flor. Mas era apenas tua lembrança.
Estavas longe doce amiga e só vi no perfil da cidade
O arcanjo forte do arranha-céu cor de rosa,
Mexendo asas azuis dentro da tarde.




Julia

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