segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Eu gostaria de me sentir menos vazia por um espaço de tempo um pouco maior que este.
Eu gostaria que as entrelinhas não me estapeassem o rosto tentando me convencer daquilo que eu já estou cansada de saber.
Esse racionalismo com que às vezes eu tento viver é por demais utópico.
Eu tenho me guiar pelo meu cérebro. Eu tento seguir pelo caminho que parece mais calmo e sereno. Mas há uma coisa que me puxa pra trás. Que me puxa pra baixo.
E eu já não posso controlar o que eu sinto. Eu já não sei direito o que é razão.
Eu olho pra todos os lados e por todos, eu estou cercada de pessoas. Elas não só me cercam. Elas me tocam. Elas me olham. Elas me tentam. Algumas sorriem. Mas nenhuma delas parece disposta a me impedir de continuar caindo.
E elas não falam comigo. Me deixam as entrelinhas. As entrelinhas. E eu me pergunto: porque me importo? São só pessoas. Mas são só pessoas. E elas me deixam cair. Todas elas. Sem saber. E eu caio. E caio. E não sei até quando. Só sei que caio.
E eu já me cansei de tentar criar novas asas. Porque nada parece funcionar como deveria.
Tudo está quebrado.
Eu estou...

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