terça-feira, 27 de setembro de 2005

Tou numa daquelas fases da vida em que a melhor definição seria "estranha", mas como uso demais essa coisa de "estranho" ele já nem me serve.
Dias nublados de primaveira e eu sujeita a drásticas oscilações de humor. Acho que preciso decidir o que é prioridade. Tou aprendendo a superar aquela coisa chamada "timidez" que as vezes não me deixa agir. É que me disseram que é quando parece faltar coragem que você percebe o que realmente é importante ou não.
Semana de testão. E minha mãe ainda inventou uma tal de orientação vocacional. Acho que ela ainda tem esperanças de que eu desista da Física. Só sei que passei uma hora conversando com a mocinha da orientação e no final ela perguntou se eu já fiz um teste de inteligência.
Acabei encarando novamente meu dualismo. Que tipo de pessoa tem fascilidade em exatas e além de gostar de ler sabe escrever? E no final a mocinha ainda elogiou a minha camiseta do Super Homem. Pessoas loucas e grandes, que acham que sabem das coisas e ficam nos olhando como se fôssemos pequenos ET.s.

Deixo uma música. Ela não vai se encaixar bem ao post. Mas tenham certeza de que tem se encaixado à vida.

Los Hermanos - Condicional
(Rodrigo Amarante)


Quis nunca te perder
tanto que demais
via em tudo céu
fiz de tudo cais
dei-te pra ancorar
doces deletérios

e quis ter os pés no chão
tanto eu abri mão
que hoje eu entendi
sonho não se dá
é botão de flor
o sabor de fel
é de cortar

eu sei é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim
do que eu preciso é lembrar, me ver
antes de te ter e de ser teu, muito bem

quis nunca te ganhar
tanto que forjei
asas nos teus pés
ondas pra levar
deixo desvendar
todos os mistérios

sei tanto te soltei
que você me quis
em todo o lugar
lia em cada olhar
quanta intenção
eu vivia preso

eu sei é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim
do que eu preciso é lembrar, me ver
antes de te ter e de ser teu
o que eu queria o que eu fazia o que mais?
e alguma coisa a gente tem que amar
mas o que não sei mais

os dias que eu me vejo só
são dias que eu me encontro mais
e mesmo assim eu sei também
existe alguém pra me libertar


"E algo tão doce e puro podia mesmo ser errado?"

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Ando meio distraída. Hoje ao descer do carro meus óculos caíram do bolso e quando percebi a ausência deles e voltei para procurá-los já era tarde demais. Lá estavam eles, atropelados e espatifados no meio da rua.

¿Tudo bem, eu não preciso de óculos pra saber que tou apaixonado¿

Como cantada foi uma frase péssima. Totalmente piegas, mas naquela época (um ano atrás) era exatamente o que eu mais queria ouvir.
Engraçado como por mais que o tempo passe eu não consigo deixar de estar confusa. É lógico que o motivo sempre muda, mas a dúvida prevalece. É um eterno ¿ser ou não ser¿ e tem horas em que eu chego a achar isso cansativo, porém insuperável.
A frase que citei acima foi o suficiente pra me fazer ganhar um dia, aliás, a noite em que aquilo foi dito e o dia que se seguiu.
Faz muito tempo que eu não ficava parada lembrando daquele setembro de 2004. Acho que faz muito tempo que eu não me permitia fazer isso. Mas minutos atrás eu olhei de relance para meu óculos recém atropelado em cima da escrivaninha e a lembrança da cantada do óculos me veio com toda sua impertinência.
Naquela época eu tinha tanto medo de estar me iludindo e de nada dar certo. E agora esse mesmo medo é tão grande que... ah! Sei lá... É só o que eu tenho sabido dizer... Sei lá... o que esperar de você e disso tudo... Fico na esperança de me dizer o que esperar, mas não parece uma coisa provável isso de você dizer com palavras diretas... Sei lá...

terça-feira, 13 de setembro de 2005

Essa coisa de postar música tá virando um vício, mas aí vai... Tava escutando Pato Fu hoje, e não sei porque escolhi essa, talvez se encaixe, talvez não... por mais que eu queria ter "A" certeza, eu ainda não posso dizer.

Nada pra mim
(Pato Fu)

Eu não vim aqui
Pra entender
Nem explicar
Nem pedir nada pra mim
Não quero nada pra mim

Eu vim pelo que sei
E pelo que sei
Você gosta de mim
É por isso que eu vim

Eu não quero cantar
Pra ninguém a canção
Que eu fiz pra você
Que eu guardei pra você
Pra você não esquecer
Que tem um coração
E é seu tudo mais que eu tenho
Tenho tempo de sobra
Tenho um jogo de botão
Tenho essa canção

domingo, 11 de setembro de 2005

Pop Rock foi bacana... Digo que foi um tanto quanto surpreendente o decorrer das coisas como por exemplo o fato de eu ter achado o show da Pitty um dos melhores. Sempre achei ela bacana por ser uma baiana não axezeira, mas daí a gostar de um show dela era um abismo... digamos que caí nele.
Mas o melhor show foi mesmo o do engenheiros... Muito lindo... na hora que tocaram piano bar eu achei que ia morrer... e como eu to quase morrendo mesmo vou deixar a letra da música... (um dia talvez eu volte a escrever coisas consistentes aqui!)

Piano Bar
(Engenheiros do Hawaiií)

o que você me pede eu não posso fazer
assim você me perde, eu perco você
como um barco perde o rumo
como uma árvore no outono perde a cor

o que você não pode eu não vou te pedir
o que você não quer...eu não quero insistir
diga a verdade, doa a quem doer
doe sangue e me dê seu telefone

todos os dias eu venho ao mesmo lugar
às vezes fica longe, difícil de encontrar
mas, quando o neon é bom
toda noite é noite de luar

no táxi que me trouxe até aqui
Júlio Iglesias ma dava razão
No clip, Paul Simon 'tava de preto
mas, na verdade, não era não
na verdade
nada é uma palavra esperando tradução

toda vez que falta luz
toda vez que algo nos falta
alguém que parte e não volta
o invisível nos salta aos olhos
um salto no escuro da piscina

o fogo ilumina muito
por muito pouco tempo
em muito pouco tempo o fogo apaga tudo
tudo um dia vira luz
toda vez que falta luz
o invisível nos salta aos olhos

ontem à noite eu conheci uma guria
já era tarde, era quase dia
era o princípio
num precipício era o meu corpo que caia

ontem a noite, a noite tava fria
tudo queimava, nada aquecia
ela apareceu, parecia tão sozinha
parecia que era minha aquela solidão

ontem à noite eu conheci uma guria
que eu já conhecia de outros carnavais
com outras fantasias
ela apareceu, parecia tão sozinha
parecia que era minha aquela solidão

no início era um precipício
(um corpo que caía)
depois virou um vício
foi tão difícil acordar no outro dia
ela apareceu, parecia tão sozinha
parecia que era minha aquela solidão

sexta-feira, 9 de setembro de 2005

Amanhã tem pop rock!! \o/
E eu ainda na esperana de não morrer de nojo da beijação que dizem ser aquilo ou espancada em alguma morcha... Ai! Dúvida! É morcha? Mocha? Morxa? eu nunca sei....

Andei pensando: a vida às vezes é muito chata. Você abre mão de um monte de coisa pra se livrar de uma situação com a qual não concorda e quando acha que tudo vai ser diferente as coisas se repetem... um pouco diferente... mas se repetem...
continuo com preguiça de escrever, por isso deixo só uma musiquinha que talvez caiba a alguem, ou a mais que alguém...


Ramirez - Feliz Sem Mim

Você, saiu a procurar alguém.
E nunca mais voltou pois se entregou a uma paixão
Que ontem mesmo era ilusão
E agora vai viver feliz
Sem mim..

E eu, acostumado a te encontrar
Tão linda eu não consigo mais pensar em outro alguém
Por isso eu vivo a lamentar
As chances que eu nunca tive
De dizer o quanto eu amava você
Vivia só pra me alegrar
E agora eu não vou mais continuar tão longe
Pra nunca mais poder voltar
Talvez um dia vá saber
Que eu não sou nada sem você..

Palavras não conseguem nem
Dizer o que senti
Ao ver você partir
Meu coração que si perdeu
Esqueças, que era seu
Que ele era seu
Mas era todo seu meu coração até você dizer que não
Que não é todo meu

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

E como diz a pouco sutil linguagem popular: Se a carapuça serviu, veste e amarra.

Hahahaha... sem muito a declarar agora, daqui uns dias eu escrevo algo útil...