quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Ando meio distraída. Hoje ao descer do carro meus óculos caíram do bolso e quando percebi a ausência deles e voltei para procurá-los já era tarde demais. Lá estavam eles, atropelados e espatifados no meio da rua.

¿Tudo bem, eu não preciso de óculos pra saber que tou apaixonado¿

Como cantada foi uma frase péssima. Totalmente piegas, mas naquela época (um ano atrás) era exatamente o que eu mais queria ouvir.
Engraçado como por mais que o tempo passe eu não consigo deixar de estar confusa. É lógico que o motivo sempre muda, mas a dúvida prevalece. É um eterno ¿ser ou não ser¿ e tem horas em que eu chego a achar isso cansativo, porém insuperável.
A frase que citei acima foi o suficiente pra me fazer ganhar um dia, aliás, a noite em que aquilo foi dito e o dia que se seguiu.
Faz muito tempo que eu não ficava parada lembrando daquele setembro de 2004. Acho que faz muito tempo que eu não me permitia fazer isso. Mas minutos atrás eu olhei de relance para meu óculos recém atropelado em cima da escrivaninha e a lembrança da cantada do óculos me veio com toda sua impertinência.
Naquela época eu tinha tanto medo de estar me iludindo e de nada dar certo. E agora esse mesmo medo é tão grande que... ah! Sei lá... É só o que eu tenho sabido dizer... Sei lá... o que esperar de você e disso tudo... Fico na esperança de me dizer o que esperar, mas não parece uma coisa provável isso de você dizer com palavras diretas... Sei lá...

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