terça-feira, 2 de outubro de 2007

Pergunta quem é. Exige uma definição pessoal para o que é ser “eu”. Tem surtos de “vou escrever sobre isso” no meio da tarde. Larga os estudos e vai escrever. Nunca escreve sobre nada. Nada que seja bom. Acha que tem complexo de inferioridade. Tem não, desenvolveu. Disseram que a letra parece com a de alguém que não conhece. Disseram isso três vezes. A letra de todo mundo parece com a de qualquer um. Exceto pelo espalhamento no papel. Papel pode ser amarelo. Porque a luva fica amarela é um mistério. Derrama todo o conteúdo da caixa de isopor pelo corredor. Corredor vazio. Corredor parece corredor de filme. Corredor faz som de corredor frito. Frito nada, congelado. Nitrogênio é bonito porque faz fumaça. 99% do universo é Hidrogênio. Troque oitavo por décimo quarto e confunda os dois. Onde há fumaça há fogo. O universo das focas também deve ser de hidrogênio. Eis o período migratório. Se a nave de sucata funcionar a gente vai fazer turismo na lua. Daqui a pouco vai querer estudar hebraico coloquial. Não sabe o que fazer primeiro. Testa diferentes tipos de grafite. Escreve muito forte, tenta escrever fraco. A matéria é de experimental. Matéria experimental. Estilo literário experimental para experimentar um novo tipo de licença poética. Texto curto. Tempo curto. Tempo de um curta.

Nenhum comentário: