quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Continuo sem entender o porquê dessa ânsia latente por uma explicação plausível para tudo o que tem se passado.
Talvez porque pareceu valer a pena, eu tenha perdido um pouco o rumo.
Neste exato momento não consigo presumir com exatidão que exista algo que eu possa realmente querer. Se paro e penso, penso e descubro que por mais que eu queira uma porção de coisas, no fundo não desejo nada.
Numa expansão de milésimos de segundo tudo pareceu mais cálido, mais nítido. Seguidamente aqui estou, mergulhada na tão referida banheira de gelo.
Fria, eu? Eu só estive nua e desarmada de uma forma inédita.
Não consigo encontrar as palavras, a escrita, não sei onde tudo foi parar.
Passei alguns dias querendo chorar e na hora apropriada eu não chorei.
Frigidez?
Reivindico a abolição das definições. Por favor, façam-me parar de intitular...
Uma sala acolchoada e uma camisa de força devem funcionar.
Talvez uma injeção de Caeiro.
Estou à beira de uma overdose niilista por não consegui intitular alguma coisa.
Livre-me disso.
Onde está a palavra que definirá e crucificará o momento? Reformulem o dicionário, retirem a palavra carnal e excluam a metafísica e o transcedental. Eu preciso de números, onde estão os números? Pés foram feitos para serem mantidos no chão, porque voam? Voltem! Pareço um balão humano em uma cena de um filme surrealista que assisti. Mal sabe alguém que é o único a me manter ainda firme sobre este lugar, seja ele qual for.
O que é isso?
O que é isso?
É um fluxo?
Flua.
A seguir temos a cena em que olho para parede procurando uma explicação e ela fala comigo.
Como a melhor semana de mais de uma vida pode acarretar uma mistura de melancolia e felicidade tão intrínseca seria uma boa questão filosófica para uma mesa de bar.
Talvez só reste esperar, mesmo sem saber o que se esperaa. Subiste certo temor de talvez passar a vida toda esperando que aquele sensacionismo volva. Paralelamente surge uma vontade nova de encher a cara até a língua tornar-se dormente e perder a fala, e então me sentar diante dum papel e forjar algo inexperto.
Dentro de algumas horas o dia nascerá e eu continuarei aqui numa ânsia ordinária de sabe-se lá o que.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Viajar em formas e cores de fogos de artifício é bom.

Agora um parêntese denotativo de toda a lamúria de ano velho ("para quês revellion").

O enredo da vida é cíclico. De todas as vidas.
Coisas, coisas ínfimas e cíclicas.
O comportamento é catatônico e assustador.
Libações causam-me certa ânsia niilista.

É tudo uma coisa qualquer que já vi.
Todo mal do mundo vem de nos importarmos uns com os outros,...

Então, vamos ao vestibular.

Talvez não tenha nascido para 'sexo, dogras e rock 'n roll' e neste ano novo talvez torne uma adulta careta para todo o sempre.

Those who have seen your face
Draw back in fear.
I am the mask you wear,
It's me they hear.

*



*Homenagem ao melhor cantor da festa.